( Dr. Marcos Silva E Silva )***
No dia 21 de Abril, tive a oportunidade de presenciar uma bela cena que só a vida em luta e a reflexão podem favorecer.
Um grupo híbrido de jovens andando de skat e tomando vinho (uma vida dionisíaca) moradores de ruas (eados e rapsodos), metalúrgicos (trabalhadores), professores de filosofia (pensadores) e alguns doutores (não tão doutos) debatiam a atual situação política do Brasil na PRAÇA (ágora) do Carmo em Santo André.
Durante a fala, surgiu um cidadão (Ateniense) ou andreense em busca de sua filha que chegara para debater.
O cidadão era pai da jovem, que solicitou uma conversa em particular com Aldo Santos (professor de filosofia) querendo que ele explicasse ou se responsabilizasse pela jovem, (que não era, tão bela, nem recata, e do lar havia fugido).
O pai da jovem condenou o professor Aldo por persuadir e corromper sua filha. Assim como Sócrates foi condenado.
Tal como nas praças gregas, aquela cena foi muito significativa.
O que nos leva a seguinte reflexão:
Para quem filosofamos?
Ainda filosofamos?
Ainda persuadimos os jovens a pensar?
O problema é que os filósofos não querem a praça pública! Querem as cátedras da capes, as câmeras de tv, os palcos da mídia.
Aldo foi condenado, sua condenação em praça pública (Ágora): Praça do Carmo, tem muito a nós dizer.
De lá sai com uma certeza: é preciso ser Sócrates? Não! Dele temos um legado, é preciso ser Aldo, que ainda consegue persuadir a juventude a filosofar em praça pública.
Texto elaborado pelo Filósofo: Dr. Marcos Silva E Silva.
Foto de Marcos Silva E Silva
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