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Foto do escritorAldo Santos

Não à militarização das escolas

Atualizado: 21 de jul.


Vilma Amaro ***




A informação de que a direção da Escola Estadual Jornalista Vladimir Herzog aderiu ao modelo de escola cívico -militar que o governo de Tarcísio de Freitas está tentando impor a toda comunidade escolar de forma arbitrária, deixou indignados jornalistas, familiares do Vlado, entidades de direitos humanos, intelectuais e professores. Para a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, a anunciada inclusão dessa escola no "Programa escola cívico-militar (lei complementar 1398/2024) é uma verdadeira afronta à memória desse jornalista bem como uma agressão a seus familiares, amigos e à categoria profissional dos jornalistas que este Sindicato representa. Lembra a diretoria do Sindicato que esse modelo foi aprovado às pressas pela Assembleia Legislativa de São Paulo.

Professores e estudantes que exigiam o debate democrático sobre essas escolas foram agredidos por policiais dentro da Alesp. Além disso, o Programa Escola Civil Militar é inconstitucional como acaba de apontar a Advocacia Geral da União, porque delega à Policia Militar atribuições educativas que lhe são indevidas e incompatíveis. E estes policiais que atuarão nas escolas vão receber um provento bem maior do que o da categoria que se dedica com amor e profissionalismo à tarefa de educar crianças e adolescentes.

A decisão do governo paulista é autoritária e visa controlar as comunidades mais vulneráveis e é pouco clara quando se refere à coordenação do área de competência da gestão do Programa.

Para Rose Nogueira, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, a implantação dessas escolas é uma agressão à memória de Vladimir Herzog assassinado pela ditadura militar e, por extensão, a todos os que sofreram as agruras da prisão política por desejar outro modelo para o país que contemplasse uma sociedade mais justa e democrática.


Quando os jornalistas souberam do assassinato de Vladimir Herzog se reuniram e pagaram um anúncio exigindo investigação sobre a morte de Vlado; centenas de jornalistas, inclusive eu, assinaram a petição, que foi monitorada pelos órgãos de segurança da época. Nossos nomes constam em uma placa colocada na Praça Vladimir Herzog , ao lado da Câmara Municipal de São Paulo.

O professor Aldo Santos em live recente, demonstrou de forma brilhante que é necessário criar outro modelo de educação no país, que assegure valores visando à uma sociedade igualitária.

Consideramos que o professor também precisa ter assegurado o livre exercício de sua atividade, sem o terror de militares dentro da escola, situação que já se viu no passado durante a ditadura. Mas a ditadura - que durou 21 anos - acabou. E conquistamos, a duras penas, a democracia. E não podemos admitir que essa democracia comece a ser violada por ideais fascistas, os mesmos que estão matando milhares de palestinos, numa ação totalmente desumana e cruel, como lembrou na live o professor Aldo.


Essa ideologia não queremos nas escolas paulistas. E não aceitamos que a memória do jornalista Vladimir Herzog seja usada para propósito de dominar corações e mentes de nossa juventude, em especial de regiões mais vulneráveis.

Não à militarização de nossas escolas!


Vilma Amaro

diretora da regional ABCD do Sindicato dos Jornalistas.


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2 comentarios


É de fato inaceitável a criação de escolas "cívico-militares" que atentam contra a LDB e a Constituição. Vamos lutar contra essa aberração !

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Jose Soto
Jose Soto
21 jul
Contestando a

Do meu ponto de vista sobre a importância da disciplina e da formação cívica nas escolas. As escolas cívico-militares têm sido propostas como uma maneira de promover esses valores, com foco na ordem, respeito e disciplina.


A questão da educação e dos valores que ela promove é realmente complexa, envolvendo diversas opiniões e abordagens. Muitas pessoas compartilham a preocupação com a qualidade da educação e o impacto dos valores ensinados nas escolas sobre a formação dos jovens.


A defesa da família e da fé em Deus também é um tema significativo para muitos, e essas crenças influenciam como as pessoas percebem e apoiam diferentes modelos educacionais.


Eu defendo a família e a fé em Deus.

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