Deputado Estadual Carlos Giannazi, do Psol, e o coordenador da Apeoesp/SBC, Professor Aldo Santos visitam escolas***
Aquilo que deveria ser uma prática natural acabou tendo uma resposta inusitada e autoritária, além de uma baita repercussão com desdobramentos em curso.
Esta visita foi marcada por importantes contatos, diálogos, tentativas de socorro numa escola e não faltou porta na cara, carteirada e assédio moral.
Iniciamos as visitas no dia 15 de fevereiro/2022, a partir das 13 horas, com objetivo de falar sobre os projetos tramitando na Alesp e a farsa da educação tucana no Estado e no País.
Em Santo André, visitamos a Escola Estadual Professor Nelson Pizzotti Mendes, localizada numa grande periferia da cidade, onde fomos bem recebidos e acolhidos. E por conta de uma agenda apertada, demoramos pouco tempo, mas o suficiente para rever amigos/as e dar esclarecimentos necessários tanto do ponto de vista do representante do conselho estadual de representantes e do Deputado Estadual, Carlos Giannazi.
Dessa escola fomos até a Escola Estadual Maurício de Castro, na Vila São Pedro, em São Bernardo do Campo, conforme entendimento com lideranças de Representantes de Escola.
Procuramos o portão de entrada e com a porta aberta acabamos adentrando a mesma, e ao lado da secretaria, a Diretora ficou surpreendida com a nossa presença naquela hora naquela escola.
Informamos que estávamos fazendo as visitas por solicitação de educadores, para verificar as obras e como estávamos no intervalo, após vencermos a resistência da diretora que disse que a visita deveria ser previamente agendada, acabamos por dialogar como os professores e o Deputo Carlos Giannazi teve oportunidade de esclarecer os projetos tramitando na Alesp e a importância da comunidade se manter mobilizada.
Nesta escola fomos informados ainda que há salas de aulas com mais de 50 alunos.
No caminho de uma escola para outra, recebemos um vídeo onde dava contra de um acidente que estava acontecendo na Escola Brasília Tondi de Lima, também em SBCampo.
Preocupados com o ocorrido, imediatamente nos dirigimos para a referida unidade escolar. Ao chegar à Secretaria da Escola encontramos um atendimento moroso. Logo depois, a diretora toda simpática veio nos atender com a chave na mão e nos informou que tinha ordem expressa da Diretoria de ensino informando que não poderíamos adentrar ao recinto escolar.
Tentamos convencê-la de que visitar próprios estaduais e unidades escolares era o trabalho do deputado e na condição de coordenador da subsede estava lá por solicitação de um acidente ocorrido.
Apesar de todas as argumentações, a diretora se manteve irredutível, e educadamente, acabamos indo embora. Fizemos o registro da placa de obra e o seu respectivo valor.
Fomos para a Escola Estadual Prof. Jorge Rahme no Bairro Taboão, com enorme placa fazendo referências às obras e o preço. Na secretaria fomos recebidos pelo vice-diretor que de forma solícita nos atendeu muito bem, porém, a orientação da dirigente de Ensino já estava determinada, proibindo adentrar a referida escola, bem como a fiscalização das obras em andamento.
O Representante de Escola desta unidade escolar veio nos receber, pedindo desculpa, dizendo que não concordava com aquela atitude, por entender que é papel do Deputado apurar os indícios de superfaturamento nas obras. O coordenador da subsede disse: "Que fique claro que ninguém está contra as obras, até porque as mesmas foram reivindicadas pela comunidade, professores e alunos também".
Porém, além de denúncias que o deputado recebeu de indícios de irregularidades, no sindicato são várias reclamações de barulho no recinto interno das unidades escolares como, poeira, e riscos de acidente por ocasião da realização das mesmas em pleno início do ano letivo,
uma vez que tiveram cerca de dois anos sem alunos e nada foi feito.
O estranho é a coincidência da realização de grandes obras em pleno ano eleitoral, fortalecendo a desconfiança do caráter eleitoreiro das mesmas e de eventual relação do uso do dinheiro público relacionado a negociatas frequentemente denunciadas.
Aliás, precisamos passar um pente fino na FDE, para sabermos quem são os responsáveis por este planejamento coincidente?
O Deputado Giannazi após esta visita parcial me deixou na subsede e ainda foi fazer mais uma agenda contra demissão de professores em São Caetano do sul.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa via TV Alesp, o deputado divulgou áudio da dirigente de ensino de São Bernardo do Campo Vanderlete, com o seguinte teor:
“Pessoal, boa tarde. Tem um deputado com o diretor da APEOESP, que está rodeando as escolas, está fazendo uma visita, só que não pode entrar tá, vocês lembram do comunicado?
Só pode entrar político, deputado ou seja quem for, com a agendamento, tá? A gente não impede ninguém de entrar, mas tem que agendar. Então se for até a porta de vocês, vocês digam que primeiro tem que agendar com diretoria e tem que ter o acompanhamento de uma das pessoas aqui da diretoria. Ele tem que simplesmente dizer nesse agendamento o nome e o RG de quem vai acompanhar ele na visita e o motivo da visita, está bom? Então, por favor não permitam a entrada, senão quem responde são vocês, está bom? Por favor, tomem esse cuidado, porque senão eles filmam crianças sem autorização dos pais, filmam os ambientes escolares, e não foi permitido. Então visitas só com agendamento, ofício informando o nome das pessoas que estão acompanhando." https://www.abcdaluta.com.br/post/621a760c3a0f2291ce35ab24/edit
O áudio em si é uma afronta à inteligência de educadores com termos como (Rondeando escolas) e "acusando os implicados" como irresponsáveis em relação a tirar fotos das crianças, além do assédio explícito ao corpo de diretoras/es das escolas estaduais da cidade.
O Deputado informou que fará denúncia do comportamento da dirigente de ensino ao Ministério Público e acionaremos o jurídico da Apeoesp para que se assegure o direito constitucional da atuação sindical que está sendo obstruído ilegalmente e propositalmente nesta cidade.
Vamos continuar visitando as escolas, mas pedimos que os representantes do sindicado nas unidades escolares desenvolvam suas atividades sem patrulhamento e vamos zelar pelo dinheiro público.
Na última reunião de representantes foi aprovada a constituição de uma comissão junto ao sindicato para o acompanhamento e fiscalização das obras nas escolas estaduais.
Verifique e some os valores das obras nessas três escolas e perceba o por que não querem fiscalização, sem contar os valores das demais escolas, em pleno ano eleitoral.
Portanto, vamos encaminhar fotos das placas das obras às subsedes, enquanto apuramos os agentes da FDE que estão à frente destas ricas reformas.
Lutar, resistir e vencer é preciso!
Quem luta conquista, Junte - se a nós!
Aldo Santos – Coordenador da apeoesp/sbc, dirigente sindical e militante do Psol.
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