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Foto do escritorAldo Santos

Abaixo a guerra imperialista por procuração da OTAN na Ucrânia!


Pelo direito da Rússia de se defender contra a invasão imperialista!

No primeiro de maio, o dia internacional da solidariedade dos trabalhadores do mundo, os seguintes grupos e indivíduos proclamam nossa oposição unida à maior ameaça à classe trabalhadora global: a guerra imperialista.

Declaramos nossa recusa em nos acomodar sob a ofensiva de guerra do imperialismo mundial contra a Rússia. Nós hasteamos em nossas bandeiras hoje:

• Abaixo a guerra imperialista por procuração da OTAN na Ucrânia!

• Pelo direito da Rússia de se defender contra a invasão imperialista!

Aqueles da esquerda que procuram amenizar a propaganda da classe dominante reduzindo este conflito global a uma luta nacional pela “autodeterminação” ucraniana ignoram que:

Embora a Rússia seja um estado capitalista desde 1991, não é uma potência imperialista. O imperialismo é mais do que quando um Estado emprega força militar contra outro. O imperialismo é uma fase do capitalismo representada pelo domínio do capital financeiro. A Rússia não faz parte do “clube imperialista”, mas de uma economia capitalista dependente e relativamente atrasada.

A operação militar da Rússia na Ucrânia é um esforço desesperado para impedir que Kiev seja usada como ponta de lança dos planos estratégicos do imperialismo ocidental por transformar a Rússia em uma semicolônia para saquear seus vastos recursos internos. A integração da Ucrânia na máquina de guerra da OTAN estava bem avançada antes da operação militar defensiva russa. A Rússia enfrentava a perspectiva de toda a sua fronteira ocidental se tornar parte da aliança da OTAN e um palco para a implantação de armamento avançado, incluindo armas nucleares, sistemas de defesa antimísseis e tropas voltadas diretamente para a Rússia.

O Golpe Maidan de 2014, liderado por tropas de choque fascistas no país e guiado pelo imperialismo dos EUA, instalou um governo fantoche eficaz em Kiev. Desde o golpe, este governo não foi apenas uma ferramenta do imperialismo dos EUA, mas reprimiu violentamente todos os esquerdistas, reprimiu os de etnia russa e outras minorias. A repressão provocou uma sangrenta guerra civil na Ucrânia quando os moradores do Donbass criaram as Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk para se defender do regime violentamente russófobo de Kiev e seus cães de ataque fascistas.

É por isso que rejeitamos a política de “derrotismo revolucionário” defendida por muitas tendências marxistas centristas. Não basta apenas se opor à intervenção da OTAN na Ucrânia. A oposição ao imperialismo significa estender o apoio aos que estão nele diretamente em sua mira. Isso significa oferecer apoio tanto às Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk quanto ao Estado russo. A Rússia tem o direito de defender sua soberania pela força militar contra a guerra por procuração do imperialismo.

Também estamos comprometidos com a verdadeira independência da Ucrânia. No entanto, isso não pode ser alcançado sob a égide de uma aliança de guerra imperialista que está usando a Ucrânia como peão.

Opomo-nos à guerra por procuração na Ucrânia porque é parte da ofensiva do imperialismo em direção a 3ª Guerra Mundial. Isso ocorre durante esse período de declínio imperialista contra seus rivais na Europa e de crescimento da China. As rivalidades são alimentadas pela atual crise econômica capitalista aprofundada pela pandemia de Covid-19. Uma vitória da OTAN na Ucrânia não levaria à paz, mas apenas adiantaria os planos de guerra do imperialismo contra a China.

Uma guerra entre a OTAN e seus aliados contra a Rússia ou a China corre o risco de acabar com bilhões de vidas em uma guerra nuclear e desencadear horrores que fariam parecer pouco os piores infernos e sofrimentos vividos nas duas guerras mundiais do século 20.

No 1º de maio, nos comprometemos não apenas com a resistência ao imperialismo, mas também com a construção de um movimento independente da classe trabalhadora internacionalmente para derrubar o capitalismo por meio da revolução socialista mundial. A assinatura e partilha desta declaração no 1º de Maio visa começar a reconstruir ligações concretas entre as forças marxistas genuinamente anti-imperialistas como parte deste processo.

A luta contra o imperialismo deve ser forjada em uma luta contra o sistema capitalista e todas as classes dominantes capitalistas! A guerra só terminará verdadeiramente quando não houver mais estados-nação ou classes sociais!

Trabalhadores do mundo uni-vos!

Já assinaram:

ORGANIZAÇÕES:

Ação Revolucionária Comunista (KED ou Κομμουνιστική Επαναστατική Δράση) - Grécia

Grupo Bolchevique (볼셰비키그룹) - Coreia do Sul

Anti-imperialist Aotearoa - Nova Zelândia

Consciência de Classe (Class Conscious) – Austrália e EUA

Socialist WorkersLeague / CLQI – EUA

Socialist Unity Party - EUA

PlanningBeyond Capitalism - EUA

Consistent Democrats / CLQI – Reino Unido

Socialist Fight - Reino Unido

Tendencia Militante Bolchevique / CLQI – Argentina

Liga Comunista / CLQI – Brasil

Partido Comunista do Povo Brasileiro - Brasil

Fração Trotskista / Vanguarda Proletária - Brasil

Fronteira Vermelha - Brasil


INDIVIDUAIS:


Mohammad Basir Ul Haq Sinha, – Bangladesh

Willi Eberle - Suíça

James Hall - Grã-Bretanha

Jim Greenhow - Grã-Bretanha

Greg Rosen - EUA

Mike Gimbel - EUA

Alex Jordan Dillard - EUA

Mark Andresen - EUA

Elizabeth Hoskings - EUA

Mike Gimbel, Retired Executive Board member, Local 375, AFSCME, AFL-CIO - EUA

Joana Marisa Borges Boaventura - Brasil

Marcelo Bastos - Brasil

Márcia do Amaral Miranda - Brasil

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